O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso extinguiu um incêndio em Campo Novo do Parecis neste domingo (18). Ao mesmo tempo, 111 bombeiros seguem no combate a outros 16 incêndios florestais em várias regiões do estado, com o apoio de quatro aviões, um helicóptero, 40 viaturas, 11 máquinas pesadas e quatro barcos.

Em Campo Novo do Parecis, o incêndio começou pela manhã e foi controlado no início da tarde, graças ao trabalho conjunto dos bombeiros, brigadistas da Usina Coprodia e de fazendas vizinhas, com a utilização de 20 caminhões-pipa. Já no Pantanal, 59 bombeiros atuam em áreas críticas como a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço, e na Fazenda Cambarazinho, em Poconé. Essas equipes contam com três aviões e múltiplos recursos logísticos.

Outras frentes de combate ocorrem em regiões como Tangará da Serra, Rosário Oeste, e na Área de Proteção Ambiental (APA) Nascente do Rio Paraguai, em Diamantino. No total, 39 bombeiros estão distribuídos em várias localidades para conter focos de incêndio.

O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) monitora incêndios com imagens de satélite para direcionar as operações e detectar áreas críticas em tempo real. Locais como a Terra Indígena Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo, e a Terra Indígena Sangradouro/Volta Grande, na região de Poxoréu, estão sendo observados, mas o acesso depende de autorização da Funai.

Desde o início do período proibitivo de uso do fogo, 64 incêndios já foram extintos em municípios como Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Sinop e Rondonópolis. A estiagem prolongada e a baixa umidade do ar têm agravado a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros reforça o pedido para que a população respeite o período de proibição e denuncie qualquer indício de incêndio pelos números 193 ou 190.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre sábado e domingo foram registrados 367 focos de calor em Mato Grosso, com a maior concentração na Amazônia e Cerrado. Embora nem todos os focos resultem em incêndios florestais, eles indicam áreas vulneráveis à propagação das chamas.

A situação continua sob monitoramento, com a mobilização de equipes e recursos em todo o estado para evitar a intensificação das queimadas e proteger o meio ambiente e a população.

Publicidade