Exportação de Carne Bovina Fresca Registra Queda no Valor, Mas Aumenta em Volume
Volume exportado de carne bovina cresce 26,6% em relação ao mês anterior, mas preço médio cai em comparação com o ano passado
Foto: Divulgação São Paulo, 12 de agosto de 2024 – O volume de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada exportado pelo Brasil alcançou 71,3 mil toneladas até a segunda semana de agosto de 2024, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em comparação, no mesmo período do ano passado, foram embarcadas 185,2 mil toneladas durante 23 dias úteis.
A média diária exportada até a segunda semana de agosto de 2024 foi de 10,1 mil toneladas, marcando um aumento significativo de 26,6% em relação ao volume total exportado em julho de 2023, que foi de 8,05 mil toneladas. Contudo, o preço médio por tonelada apresentou uma queda de 2,00%, situando-se em US$ 4,421 mil, frente ao valor médio de US$ 4,511 mil registrado em agosto de 2023.
O valor total negociado para a carne bovina na segunda semana de agosto de 2024 foi de US$ 315,591 milhões, uma redução considerável em comparação com os US$ 835,703 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. A média diária de negociação neste mês foi de US$ 45,084 milhões, representando um avanço de 24,1% em relação aos US$ 36,344 milhões de agosto do ano passado.
Os dados revelam um cenário misto para o setor de exportação de carne bovina. Apesar do crescimento no volume exportado, refletindo um aumento na demanda global ou capacidade de produção, o preço médio por tonelada sofreu uma leve desvalorização. O valor negociado total também sofreu uma redução significativa, o que pode indicar uma pressão sobre os preços ou uma diminuição nas quantidades exportadas de produtos de maior valor agregado.
O aumento no volume de exportação e o avanço na média diária de negociações sinalizam uma recuperação no ritmo das exportações de carne bovina, embora o impacto da queda nos preços médios e no valor total negociado mereça atenção. O setor continua a ser um importante componente da balança comercial brasileira, e as flutuações nos preços e volumes devem ser monitoradas de perto para avaliar as tendências futuras e as estratégias de mercado.
COMENTÁRIOS