Brasileira Condenada à Prisão Perpétua Foge de Penitenciária em Bariloche
Amanda Alves Ferreira, que foi condenada por matar a mãe de seus filhos, está foragida após escapar da prisão na noite de terça-feira (6)
**Título:** Brasileira Condenada à Prisão Perpétua Foge de Penitenciária em Bariloche
**Subtítulo:** Amanda Alves Ferreira, que foi condenada por matar a mãe de seus filhos, está foragida após escapar da prisão na noite de terça-feira (6)
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Bariloche, 8 de agosto de 2024 – Amanda Alves Ferreira, uma brasileira condenada à prisão perpétua pelo assassinato de Eduarda Santos de Almeida, fugiu da penitenciária de Bariloche na noite de terça-feira (6). A detenta é agora procurada pela polícia, que iniciou uma vasta operação de busca.
A fuga de Amanda, de 30 anos, ocorreu por volta das 21h30 (horário local). Na ocasião, a fugitiva vestia roupas escuras, um chapéu e tênis claros. Amanda, que anteriormente usava o nome Fernando e não se identificava como mulher, passou a ser conhecida como Amanda após uma mudança em seus documentos durante o processo judicial, conforme relatado pelo jornal argentino *La Nación*.
De acordo com as informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação do governo de Rio Negro, a fuga está sendo investigada para esclarecer as circunstâncias e possíveis falhas de segurança que permitiram a ação. Após o ocorrido, as unidades policiais foram mobilizadas para localizar Amanda, com operações de busca continuando ao longo da quarta-feira (7).
Amanda Alves Ferreira foi condenada pelo assassinato de Eduarda Santos de Almeida, de 26 anos, em fevereiro de 2022. O crime, que ocorreu próximo a uma rodovia em Bariloche, envolveu nove disparos de pistola contra a vítima, que estava a menos de 1,2 metro de distância. Na época, Amanda reportou o desaparecimento de Eduarda, mas o corpo foi encontrado por um turista e ela acabou confessando o crime.
Segundo "Diario Río Negro", Amanda e Eduarda se conheceram no Brasil, e a segunda foi contratada para ser barriga de aluguel devido à infertilidade do então parceiro de Amanda. Após a gravidez e o nascimento de gêmeos, Eduarda voltou para o Brasil e engravidou novamente. Amanda pediu que ela retornasse à Argentina, prometendo registrar a criança, o que não ocorreu devido ao falecimento do então parceiro de Amanda em 2021.
A motivação para o crime, de acordo com os investigadores, pode ter sido a disputa pela guarda dos filhos e o desejo de Amanda de retornar ao Brasil, o que Eduarda não aceitava. O procurador Martín Lozada classificou o homicídio como "traiçoeiro", destacando a vulnerabilidade da vítima, que não teve chances de defesa.
Durante o julgamento, a defesa de Amanda alegou que a prisão perpétua era uma pena cruel e desumana, e que Amanda apresentava características paranoicas durante o crime. No entanto, o juiz Juan Martín Arroyo rejeitou essas alegações, destacando que o relatório psiquiátrico não indicou perda de realidade durante o crime. O júri também decidiu não aplicar a qualificadora de feminicídio, condenando Amanda por homicídio doloso qualificado por traição e posse ilegal de arma de fogo.
A fuga de Amanda Alves Ferreira destaca as preocupações com a segurança no sistema penitenciário de Bariloche. As autoridades locais intensificaram os esforços para recapturar a fugitiva, enquanto a investigação prossegue para determinar como a fuga foi possível. A prisão de Amanda é um caso que ainda gera grande atenção, dada a gravidade de seus crimes e as complexidades legais envolvidas.
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